o meu mundo num fica em lugar nenhum

por ele passa um menino,

o menino do rio da infância

ele escuta histórias inventadas de sua avó

se criou entre o quintal do avô e uma lagoa que agora foi cercada.

seu avô plantava urucum e fazia colorau

sua mãe virou estrela,

a menina e o menino se encontraram nesse tempo

e se deram as mãos

retornando pras origens.

um dia o menino partiu

suas mãos das mãos da menina soltou

e o universo inteiro chorou.

a menina segue pras origens

o menino por dentro não partiu ficou

vai soprando o vento do tempo .....

Lua Clara Jacira voltando pras origens

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Co

 o menino se criou entre o quintal e uma lagoa na casa de seu avô.A menina brincava de boneca no quintal da casa de sua avó debaixo de um pé de siriguela.Na casa do avô do menino havia urucum e se fazia colorau.O vento do tempo soprou e levou o menino e a menina um para o outro.O urucum da casa do avô do menino agora pinta a menina que se encanta  com o menino do rio da infância.O menino e a menina se dão as mãos.Estão voltando pra casa.

Do menino sei que ouvia histórias inventadas por sua avó.Do homem, a fundura.Eu amei no instante primeiro que lhe encontrei, nunca soube se sonho, delírio, encanto.

 o meu mundo não fica em lugar nenhum.

por ele passa um rio

onde um menino e uma menina se encontra

e se banha de delírio.

o meu mundo é caindo num abismo

onde nas funduras

só se alcança o infinito.

eu passo esses mundos a delirar

dentro da vastidão de se encantar.

Lua Clara Jacira brincando de se encantar